O projeto Quase Bornay inspira-se na construção imagética desse artista visual e ícone da luta LGBTQIAPN+, que nas décadas de 1950 a 1980 elevou o imaginário do carnaval e das festas populares à arte, a partir da construção de fantasias para os desfiles de luxo. Dessa forma, o projeto abre um chamamento público para artistas visuais com o objetivo de selecionar quatro croquis/projeto que dialoguem com o universo criativo de Bornay. Podem se inscrever artistas visuais, figurinistas profissionais e carnavalescos que residam no Distrito Federal e Entorno. Os quatro trabalhos selecionados devem ser feitos com matéria-prima que não seja de origem animal e de preferência com soluções recicláveis.
Preservar a memória de Clóvis Bornay é, portanto, uma forma de homenagear não apenas um ícone do Carnaval, mas também um defensor da cultura, da diversidade e da liberdade. Sua história e legado inspiraram as gerações presentes e futuras a valorizar as tradições culturais, a lutar contra o preconceito e a celebrar a modernidade. É um tributo merecido a alguém que desempenhou um papel tão marcante na construção da identidade cultural do Brasil.
Clóvis Bornay teve um papel importante na luta contra a discriminação e o preconceito. Ele era abertamente homossexual em uma época em que a homofobia estava internalizada no projeto de poder da ditadura militar e significava desafios e obstáculos em sua vida pessoal e profissional. Sua coragem e confiança serviram como um exemplo de resistência e empoderamento para a comunidade LGBTQIAPN+ e para todos que buscam a igualdade e a acessibilidade. A bandeira de liberdade de Bornay entrou no complexo mundo machista do futebol, ao fundar a primeira torcida organizada, a FlaGay.
Museólogo, Clóvis Bornay foi um artista brasileiro icônico e uma figura marcante no mundo do Carnaval. Ele nasceu em 14 de janeiro de 1916, no Rio de Janeiro, e faleceu em 14 de dezembro de 2005, na mesma cidade. Clóvis Bornay é lembrado também por seu papel fundamental na preservação e promoção da cultura carnavalesca do Brasil, por sua presença exuberante Brasil afora, inclusive com sucessivas vindas a Brasília. Ele se destacou por suas fantasias elaboradas, que, muitas vezes, representavam personagens exóticos e históricos.
Uma das principais razões para preservar a memória de Bornay está relacionada ao seu papel como guardião da tradição carnavalesca. Ele foi um dos responsáveis por manter viva a rica história do Carnaval, sendo um incansável defensor das escolas de samba e das manifestações culturais que compõem essa festa. Bornay foi um ávido pesquisador e historiador, o que se tornou uma referência na preservação do patrimônio cultural ligado ao Carnaval.
Abrir seleção pública para a escolha de quatro croquis/projetos que dialoguem com a obra de Clóvis Bornay.
Confeccionar as quatro peças com material que não seja de origem animal e de preferência reciclável.
Expor as quatro peças no Complexo Cultural de Samambaia numa exposição de duração de um mês.
Apresentar a leitura dramática em quatro sessões para estudantes. A leitura de Quase Bornay, de Sérgio Maggio, ocorre em ambiente escolar, de forma gratuita, com o objetivo de fortalecer a memória do carnavalesco e ícone LGBTQIAPN+ Clóvis Bornay.
Proponente
Direção de Produção
Direção e Leitura
Ator e Cenógrafo
Redes sociais e assessoria de imprensa
Redes sociais e assessoria de imprensa
Fotografia
Coordenação de produção
Coordenação Administrativa
Este regulamento tem como objetivo selecionar quatro artistas visuais, figurinistas e carnavalescos residentes no Distrito Federal e Entorno para realização de quatro fantasias inspiradas no universo de Clóvis Bornay. Este regulamento integra objeto cultural do projeto Quase Bornay, patrocinado pela Lei Paulo Gustavo, no Distrito Federal, da proponente, artista visual PCD, Astaruth Lira.
Quase Bornay é um projeto cultural selecionado pela Lei Paulo Gustavo no Distrito Federal e tem como objetivo lançar um desafio criativo para a seleção de quatro figurinos inspirados no universo do carnavalesco Clóvis Bornay (clique aqui para biografia). Os figurinos devem ser confeccionados exclusivamente com materiais sustentáveis e recicláveis, promovendo a valorização da prática consciente e responsável.
a) O figurino deve ter como modelo um corpo masculino de altura de 1m70 e peso de 70 quilos. O artista selecionado terá acesso às medidas do modelo.
b) A criação deverá estar de acordo com o croquis apresentado no ato de inscrição e submetido à Comissão de Seleção.
A não observação dos itens acima implica em desclassificação do selecionado.
As inscrições serão avaliadas por uma comissão julgadora do projeto com atribuição de 100 pontos, assim distribuídos:
– Os quatro artistas selecionadas terão a oportunidade de ter os figurinos exibidos numa exposição a ser realizada no Distrito Federal e numa performance de leitura cênica em espaço cultural.
– Será pago a cada selecionada o valor de R$ 8.000 (oito mil reais), mediante uma nota fiscal única, após a entrega da obra. Este valor incluir o uso de materiais para compor a fantasia selecionada.
Dúvidas e esclarecimentos adicionais: astalira.projetos@gmail.com